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sábado, 14 de dezembro de 2013

Deadly #14 - capítulos 26 e 27



26 - The Darkest Place Ever

Era quinta-feira. Faltava apenas um dia para as meninas serem extraditadas. Emily estava deitada em sua cama, sem vontade de levantar. Em uma hora, começava a formatura. Elas foram impedidas de participar da cerimônia como formandas, mas poderiam acompanhar a cerimônia. Emily achou aquilo ridículo. Ela pegou o telefone e reproduziu o vídeo em que Tabitha era assassinada. Emily não se conformava por a polícia não ter percebido que aquele vídeo era falso. Ali realmente fez um bom trabalho. Ao mesmo tempo que queria ficar deitada na cama, esperando as horas passarem, Emily sentia necessidade de fazer qualquer coisa que pudesse incriminar Ali. Ela lembrou do N de Graham e de Iris e decidiu ligar na Preserve. Emily perguntou para a atendente se Iris estava na clínica. A atendente disse que ia checar e perguntou quem estava falando. Antes que Em pudesse falar qualquer coisa, a atendente desligou na cara dela.

Emily ouviu um barulho na rua e olhou pela janela. Ela viu o sr. e a sra. Fields, Carolyn, Beth e Jake, seus outros dois irmãos mais velhos. Emily esperou eles entrarem em casa e saiu do quarto. Ela desceu as escadas. Imediatamente, todos se calaram. Emily perguntou se a sra. Fields estava bem, mas ela não respondeu. Emily pediu desculpas e falou que sentia muito por tudo que estava acontecendo. Jake e Beth não olharam na cara dela e Carolyn pediu para o sr. Fields mandar Emily calar a boca. O sr. Fields ordenou que Emily voltasse para o quarto.

Emily se trancou no quarto e pegou seu telefone. Ela abriu um alerta sobre Jordan, informando que ela seria julgada na próxima semana e sua pena seria de vinte a cinquenta anos de prisão. Emily ficou devastada. Ela deitou na cama e lembrou de Derrick, de todas as vezes que ela ligou para ele no meio da noite para desabafar e de como ele a apoiou durante a gravidez. Emily desejou estar com Derrick naquele momento. A última vez que ela o viu foi na noite da morte de Gayle. Emily decidiu ligar para Derrick, que não atendeu. Ela desligou sem deixar recado. Emily pensou que Derrick estava com raiva dela e, por isso, rejeitou a chamada. Por causa dela, Derrick perdeu o emprego na casa de Gayle.

Emily jogou o telefone no chão e voltou para a cama. Um pensamento veio à sua cabeça. Como tudo aquilo estava acontecendo por causa dela, o único jeito de fazer com que sua família vivesse em paz era ela desaparecer. Emily precisava dar um jeito de sumir para sempre; só assim sua mãe se recuperaria rápido e seu pai reverteria a péssima situação financeira em que eles se encontravam. Mas não era apenas sumir de Rosewood; era sumir para sempre. Ninguém sentiria falta dela.

Emily pensou na ponte coberta de Rosewood. Naquela época do ano, o fluxo da água era maior por causa do derretimento da neve. Ela levantou da cama e colocou um jeans e uma camiseta. Emily abriu a janela e saiu escondida do quarto. A ponte ficava apenas vinte minutos de distância, tempo suficiente para que, quando alguém viesse procurar por ela - ou se viessem procurar - ela já estaria bem longe dali.

27 - Friends Don´t Let Friends Jump

Naquela mesma manhã, Spencer e Melissa estavam em Rosewood Day. Os cento e seis colegas de classe de Spencer estavam vestidos com a roupa da formatura. Spencer sentou em uma cadeira dobrável, diante de um palco improvisado. Ela usava um vestido de algodão e não a roupa de formanda.

Spencer olhou para o rosto das pessoas que estudaram com ela nos últimos doze anos. Phi Templeton sentou ao lado de Devon Arliss. Kirsten Cullen, companheira de Spencer no time de hóquei, ria ao lado de Maya St. Germain. Noel Kahn, ainda parecendo um pouco fraco, sentou-se com seus amigos do lacrosse. Naomi Zeigler, Riley Wolfe e Klaudia Huusko coxixavam. Nenhum deles olhou para Spencer. Elas foram proibidas de participarem da formatura, mas o diretor permitiu que elas assistissem a cerimônia. 

Spencer olhou para todos os cantos procurando as meninas. Aria e Ella estavam do outro lado do gramado. Hanna estava sentada na arquibancada. Faltava apenas Emily.

O diretor Appleton subiu no palco e limpou a garganta. "E agora, com vocês, nosso orador oficial, Mason Byers."

Mason se levantou da primeira fila e subiu no palco, sob uma chuva de aplausos. Spencer balançou a cabeça, em sinal de reprovação. Mason Byers? Spencer nem sonhava que ele seria o orador. Era para ela estar no palco. Pelo que Spencer conhecia de Mason, ele deveria ter escrito o discurso na noite anterior. 

Melissa segurou a mão de Spencer. "Vai ficar tudo bem."

Um nó se formou na garganta de Spencer. Ela olhou para o lado, na tentativa de encontrar uma pessoa que entendesse o quanto aquilo tudo era doloroso. Mason como orador passou dos limites. "Vamos embora.', ela falou, caminhando em direção ao estacionamento.

Melissa  foi atrás de Spencer e falou que ela e o sr. Hastings estavam procurando um bom advogado na Jamaica. Spencer perguntou se Melissa sabia quanto tempo demorava para acontecer um julgamento na Jamaica. Melissa respondeu que não tinha certeza, porquê algumas pessoas falaram que demorava uns seis meses, enquanto outras disseram que demorava anos. Melissa falou que, se Spencer fosse presa na Jamaica, ela jamais iria abandoná-la e continuaria procurando por Alison. Spencer ficou emocionada e agradeceu Melissa, pedindo que ela não fosse atrás de Ali, lembrando do que aconteceu em Poconos. Melissa falou que aquilo não era justo e abriu a porta do carro. O telefone de Spencer tocou. Ela olhou na tela e viu o nome de Emily. Spencer atendeu, mas Emily não disse nada. Spencer chamou várias vezes por Emily, que continuava sem responder. De repente, Emily começou a chorar.  

"Emily!", Spencer gritou. "Em, você está aí? Por que você não veio na formatura?"

O choro parou e Emily tomou fôlego. "S- Spencer..."

"Por que você não veio na formatura?", Spencer perguntou.

"Eu só liguei para dizer adeus."

"O que está acontecendo?", Spencer perguntou. Emily voltou a chorar. Spencer segurou o telefone com força. "Em. O que está acontecendo?"

"Eu simplesmente não consigo mais...", Emily falou, com a voz fraca. "Eu realmente sinto muito. Mas pra mim não dá mais..."

Spencer congelou. Ela já tinha visto Emily desesperada alguma vezes, principalmente depois de ter a filha. Mas dessa vez parecia diferente; era como se Emily estivesse em um lugar muito escuro e não tinha ideia do que fazer para salvar a si mesma. 

"Onde está você?", Spencer inqueriu, apertando o telefone com mais força. Melissa parou diante do carro e lançou um olhar curioso para Spencer. 

"Isso não faz diferença.", Emily respondeu. Spencer ouviu um barulho de carro ao fundo. "Você não vai chegar aqui a tempo."

O coração de Spencer parecia que ia sair pela boca. "O que você quer dizer?", Spencer perguntou, sentindo-se impotente. "Em, o que quer que você esteja pensando em fazer, não faça. Eu sei que estamos passando por um momento difícil, mas você precisa aguentar. Apenas me diga onde você está." 

Emily deu uma risada amarga. "Provavelmente, eu nem vou me afogar. Foi isso que eu pensei em fazer antes de ligar para você sem querer. Escolhi uma ponte e, você sabe, eu sou uma boa nadadora." 

"Uma ponte?", Spencer perguntou, com os olhos arregalados. Melissa estava parada na frente dela, fazendo um monte de perguntas. "Qual ponte? A ponte coberta?"

"Não.", Emily respondeu. Spencer sabia que ela estava mentindo. "Não venha para cá, Spencer. Eu vou desligar agora.", Em falou.

"Em, não!", Spencer berrou. A ligação terminou. Spencer ligou para Emily, mas o telefone já estava desligado. 

"Droga!", Spencer falou.

"O que está acontecendo?", perguntou Melissa.

"Emily está em uma ponte. Acho que ela vai..." Spencer não conseguiu terminar a frase. Melissa olhou para ela com uma expressão de horror no rosto. Ela sabia o que Spencer ia dizer. 

"Qual ponte?", Melissa perguntou.

"A ponte coberta, do outro lado da cidade." Spencer olhou para Melissa. "Posso pegar seu carro?"

Melissa mordeu os lábios. "Eu vou com você."

"Eu não quero envolvê-la nisso.", Spencer falou. E se Ali estivesse lá? 

Melissa fitou Spencer. "Pare com isso. Vamos."

Spencer entrou no carro e bateu a porta. Melissa ligou o motor e acelerou pela rua vazia. "Não vai demorar para chegarmos lá.", ela falou, olhando fixamente para a estrada. 

Enquanto o diretor Appleton chamou o nome de Chassey Bledsoe, Spencer ligou para o 911. "Minha amiga quer se jogar da ponte coberta.", ela berrou. "Mande uma ambulância agora mesmo para lá!" Spencer ligou para Hanna, que atendeu no segundo toque. "Precisamos chegar à ponte coberta", ela gritou histérica. "Emily está em apuros!"

"O que você quer dizer?", Hanna perguntou. 

"Eu não sei.", Spencer mordeu os lábios. "Mas nós precisamos ir para lá. Encontre a Aria e vá para lá." 

"Agora mesmo.", disse Hanna com urgência, antes de desligar.

Melissa olhou para Spencer. "E se a gente não chegar a tempo?"

Spencer cerrou os dentes. "Eu não sei."

Quando Melissa passou pela última colina antes da ponte, Spencer olhou para frente e para trás da estrada. "Por quê eu não ouço barulho de ambulância?", ela perguntou em voz alta.

"Eu estava pensando a mesma coisa", Melissa murmurou, pisando no acelerador. "Vai ficar tudo bem.", ela falou, aflita. "Nós vamos chegar a tempo."

Elas fizeram a última curva antes da ponte. Spencer implorava para Emily não pular. Elas entraram no túnel da ponte. Não havia sinal do resgate. Assim que Melissa parou o carro no acostamento, Spencer abriu a porta e pulou para fora do carro, correndo em direção ao lugar que Emily estava.

"Emily?", Spencer chamou, com o coração na boca. Ela olhou para o rio, esperando ver uma parte do cabelo de Emily boiando.  

O carro de Aria parou ao lado de Spencer. Hanna pulou e correu em direção à ponte.  "Lá está ela!", Aria gritou. Emily estava na beirada da ponte, seu rosto cheio de lágrimas. Ela se inclinou em direção à água. 

" Emily! ", Spencer berrou. "Não!"

Emily olhou para elas. Seu rosto estava pálido.  "Me deixem em paz, eu preciso fazer isso!" 

"Não, você não precisa fazer isso!",  Hanna berrou, aos prantos.

Emily olhou para a correnteza. "Ninguém faz questão de mim. Minha família quer que eu morra."

"Eles estão apenas chateados. ", Spencer falou. "Eles não se sentem assim de verdade."

Emily apertou as mãos sobre os olhos. "Vocês não percebem? É melhor que estejamos mortas!"

Spencer ficou chocada com o que acabara de ouvir.

"Você não vê o que está acontecendo?", Hanna lamentou. "Ali se encarregou de convencer todo mundo que a gente queria se matar."

Emily encolheu os ombros. "E isso faz alguma diferença?"

"Claro que faz!", Hanna deu um soco no túnel.  "Durante anos Ali nos manipulou, para que a gente achasse que as pessoas que amamos eram -A. Aria perdeu Noel, Spencer achou que a mãe dela era uma assassina. Agora, Ali está nos manipulando para cometermos suicídio. Você vai deixar ela fazer isso com você?"

Emily olhou para Hanna. "Mas por quê ela quer que a gente se mate? Ela não ganha mais se formos presas na Jamaica?"

"Talvez ela tenha medo que sejamos absolvidas.", Spencer gritou. "Ou ela prefere que sejamos presas para morrermos atrás das grades. Ela sabe que se formos presas, vamos continuar investigando."

O queixo de Emily tremeu. "Isso não faz sentido. Como a gente vai investigar qualquer coisa na Jamaica?"

"Eu vou ajudar vocês!",  Melissa gritou. "Eu vou fazer tudo que eu puder. "

Spencer deu-lhe um olhar agradecido e se virou para Emily. "Nós precisamos de você, Em. Se quisermos derrotar -A, precisamos ficar juntas."

Emily fechou os olhos com força, super emocionada. "Meninas..."

"Por favor!", implorou Spencer.

Finalmente, sirenes gritavam atrás delas. Uma ambulância estacionou e os paramédicos começaram a correr.  "Onde ela está?", um deles gritou.

"Lá!", Melissa apontou para a borda.

Enquanto dois paramédicos foram na direção de Emily, outros dois retiravam uma maca de uma ambulância. Um deles estendeu a mão para Emily. "Segure aqui.", ele disse com uma voz suave. "Você está segura."

"Segure a minha mão.", ele implorou. "Por favor, não pule."

"Nós precisamos de você , Em.",  Hanna chorou.

"Nós te amamos!", Spencer falou.

Dois paramédicos estavam prontos para pular no rio, caso Emily se jogasse. O paramédico que estava perto de Emily se aproximou e jogou uma corda em torno da cintura dela. Emily não se moveu. Ele conseguiu agarrá-la e correu em direção à calçada, deitando Emily na grama. Ela estava chorando. 

Spencer correu na direção de Emily e a abraçou. Aria e Hanna fizeram o mesmo. Elas começaram a chorar. 

"Por quê você queria fazer isso?", Hanna lamentou.

"Nós poderíamos ter te perdido", acrescentou Aria.

Emily estava chorando tanto, que nem conseguia falar. "Eu apenas... não aguentava mais."

Spencer abraçou-a com força. Hanna colocou seu suéter sobre os ombros de Emily. Um paramédico trouxe um cobertor e sentou ao lado de Emily, para verificar se ela estava bem. 

Emily chorava descontroladamente. As meninas a abraçaram, com medo de perdê-la novamente. Melissa se aproximou e alisou o cabelo de Emily, prometendo que tudo ia ficar bem. Spencer pensou no que teria acontecido se ela não tivesse chegado a tempo. Se alguma delas morresse, uma parte de Spencer morrerria junto. Pelo menos, elas iriam juntas para a Jamaica. Spencer não teria forças para enfrentar tudo aquilo sozinha.

Seus pensamentos se voltaram para Ali. Claro que ela as induziu ao suicídio. E o pior era que Emily quase se matou. Spencer amaldiçoou Ali. 

Melissa voltou para o carro ao mesmo tempo que uma mini-van contornava a colina. Spencer não reconheceu quem estava dirigindo, mas pode ver um adesivo da time de lacrosse colado na parte de trás do carro. Spencer olhou para Aria e falou que pensou em um jeito de elas chegarem até Ali. Noel. Spencer pediu para Aria conversar com ele. Provavelmente, ele não tinha noção de que sabia de coisas que poderiam ajudá-las. Aria se recusou a conversar com Noel. Spencer falou que, se ela não quisesse, ela mesma conversaria com ele. Spencer falou que não suportaria perder alguma delas. E, naquela momento, as meninas eram a única coisa que ela não queria perder.

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