Alison, Mona e as garotas que não mudam
Mona costumava dizer que as pessoas não mudam. Garotas más continuam más, assim como Mona continua... Mona. Dando um tempo do além, Mona visitou Alison deixando claro que, com ou sem o controle do jogo, viva ou morta, é ela quem decide o rumo das coisas. Mona sempre soube o que fazer/ com quem fazer/ quando fazer. Mona foi amiga/ inimiga/ aliada/ vítima/ ignorada/ provocativa/ temerosa. Mona nunca deu um passo que não fosse para benefício próprio. Algumas vezes soubemos o que ela pretendia; porém, na maioria das vezes, só ela mesma para explicar. Pouco mais de um mês atrás, Mona não se deixou intimidar pela volta de Alison e a azucrinou de todas as maneiras que pode. Ignorada x 2 pelas meninas, passou a soltar indiretas sobre NY, deixando-as atordoadas. De repente, Mona surge fragilizada, tendo ataques de pânico, proclamando aos quatro cantos que Alison era o capeta, temendo o que ela seria capaz de fazer para derrubá-la. Não sabemos o que Alison fez para deixar Mona desesperada a ponto dela se preparar para o pior. Isso se Alison realmente fez alguma coisa. Os antecedentes da morte de Mona estão cada vez mais estranhos. Um dia, Mona decreta para si mesma diante do espelho que Alison perdeu. No outro, volta dos mortos para amparar a ex-suposta-será mesmo? inimiga. Independente do que tenha acontecido, ou até mesmo deixado de acontecer, Mona aproveitou o clima de Natal para esquecer as rusgas do passado e ajudar Alison.
Seguindo os conselhos de Alison, Mona se glamorizou para voltar dos mortos com direito a companhia da sra. D., que avisou a filha para prestar muita atenção no que Mona tinha para mostrar. Na sala dos D., na companhia de Mona, Alison volta ao passado e se vê na infância em sua versão pianista. Um tanto quanto desmemoriada, Alison não se reconhece no piano, além de não fazer ideia do motivo da mãe ter comprado dois vestidos amarelos iguais e porquê deveria mentir para o pai que encontrou apenas um vestido. Confusa, Alison questiona Mona sobre quem seria presenteada com o segundo vestido, sugerindo, sabê-se lá porquê, o nome de Bethany. Mona não responde a pergunta de Alison; apenas comenta que não será tão simples assim, sua biscate.
No Baile, Alison faz sua entrada triunfal no salão sem demonstrar qualquer resquício de sua versão frágil, que ficou na sala dos D. junto com as lembranças do passado. Focada no presente, Alison recrutou Jenna, Sidney, Cindy e Mindy para escoltá-la. Mascarada, Jenna continua sendo Jenna ao se explicar para Emily. Tudo é uma questão de sobrevivência, afirmou Jenna com propriedade; afinal, ela sabe o que acontece quando se diz não para Alison DiLaurentis. Jenna continuar sendo Jenna significa que ela continua uma incógnita. Assim como Mona, Jenna também quer se poupar.
Branco é o novo preto no retorno de CeCe, que continua sendo CeCe, super informada de tudo. Alertando Alison que suas ex amigas não estão no Baile para ajudá-la, CeCe sentencia que Mona não pode mais machucá-la - Alison. O fato de CeCe saber que Mona está morta não significa que ela é a assassina. Alison e CeCe são amigas/cúmplices há anos. CeCe sabe absolutamente tudo que acontece na vida de Alison e, pelo que parece, quando as duas estão no mesmo lugar que as meninas, a regra é duplicar uma das versões de Alison. Branco é o novo preto, vestido de Baile é o novo Red Coat e Cindy e Mindy são Alison e CeCe por uma noite. Loiras, mascaradas e zanzando pelo salão para confundir as meninas, Cindy e Mindy cumpriram a missão com louvor. Graças as ex gêmeas freak, Alison e CeCe desapareceram do Baile sem serem vistas por ninguém.
Segundo Mona, as pessoas não mudam. Garotas más continuam más. Imaginamos que aconteça o mesmo com garotas boas e com os garotos. Lucas continua Lucas: fiel a Mona. O mesmo não podemos dizer de Holbrook, que parece ter sido possuído pelo que Wilden nos mostrou de pior. Conhecemos Holbrook como o policial determinado a por ordem no picadeiro que é a delegacia de Rosewood; versão bem diferente da que temos visto ultimamente. Holbrook é o novo Wilden, Aria é a nova Hanna e o momento de intimidade com Alison talvez explique como Holbrook sabia que era Alison no telefone do teatro em NY/5x01. O inusitado relacionamento de Alison com Holbrook deixou todo mundo de queixo caído - principalmente Ezra, que disse não saber desde quando os dois mantém contato. A repentina mudança de comportamento de Holbrook nos deixou na dúvida quanto ao tipo de pessoa que ele é. Será que sua versão do bem que conhecemos era verdadeira ou ele estava na fase de fingimento?
Mona e o delivery dos mortos
Hanna recebeu de um advogado um envelope deixado por Mona. Segundo o advogado, Mona o procurou e pediu que o envelope fosse entregue para Hanna trinta dias depois de sua morte. Passado um mês da morte de sua cliente, o advogado entregou para Hanna a encomenda deixada por Mona. Junto com uma carta, Mona deixou para Hanna dois mapas da casa dos D., revelando lugares secretos que poderiam esconder provas que incriminassem Alison pela morte de Bethany.
De acordo com o que vimos no 5x12, Mona e as meninas estavam juntas quando descobriram que Alison foi descartada da lista de suspeitos de matar Bethany, que voltou a ser liderada por Spencer. A descoberta foi feita durante a tarde. A noite, Mona e Spencer invadiram o Radley para fuçar nos registros de Bethany. Durante uma sessão de terapia do dia 8 de agosto, supostamente de 2009, Bethany descobriu que a sra. D. andava com seu pai, o que a deixou irritada. A descoberta fez Bethany indagar se ninguém naquela família prestava, nem mãe, nem filha, e chocou Spencer ao indicar que Alison e Bethany se conheciam. A chegada de Holbrook no sanatório obrigou Spencer e Mona a deixarem a sala de registros as pressas. Para não perder a viagem, Mona enfiou todos os registros que pode na bolsa.
No outro dia, Mona analisa os registros de Bethany e conclui que Alison tinha inveja de Bethany e armou para ela baixar no quintal na noite do celeiro. Mona fez a revelação para Aria, por telefone. Pelo que vimos, Mona chegou a essa conclusão analisando os registros de Bethany, que só ela teve a oportunidade de conferir todo o conteúdo. Praticamente ao mesmo tempo que Mona analisava os registros, Spencer foi presa acusada de ser a assassina de Bethany. Um tempinho depois, Mona foi assassinada.
Na carta que escreveu para Hanna, Mona falou que morreu tentando fazer justiça e pediu para Hanna continuar sua missão. Para isso, Mona deixou dois mapas de lugares secretos na casa dos D., onde as meninas, possivelmente, encontrariam provas para inocentar Spencer. Seguindo as marcações de Mona, Spencer e Hanna encontraram um passaporte com ID fake de Alison, recortes dos classificados do jornal e uma porta secreta que dava acesso ao sótão dos D., abarrotado de brinquedos de criança, máscaras penduradas na parede, caixas empilhadas, um baú trancado com cadeado, entre outras tranqueiras. No sótão, Hanna mexe em uma caixa cheia de cartas escritas para Alison pelos seus amigos de correspondência. No meio dessas cartas, Hanna encontra uma de Bethany. Diferente das outras cartas, a de Bethany não estava em um envelope; a folha estava apenas dobrada. Na carta, Bethany se mostra super ansiosa para que chegue logo o Dia do Trabalho para ela visitar Alison. Bethany pergunta se Alison já falou dela para suas amigas e agradece as peças de roupa amarela que ganhou de Alison. Hanna enfia a carta no vestido, vai atrás de Spencer mas acaba dando de cara com -A. Spencer ouve Hanna gritar, vai em direção ao grito, encontra a amiga desmaiada no chão e a janela aberta. Hanna recupera a consciência - ela levou uma pancada na cabeça - e Spencer a tranquiliza dizendo que ela foi embora. Ela, no caso, é Alison, a nova suspeita número um de ser -A. Através da máscara do Mascarado, um par de olhos claros observa as duas.
Spencer e a otimista carta de Bethany
Nos Hastings, a carta de Bethany é motivo de comemoração por representar uma possível evidência de que Alison matou Bethany. Uma possível evidência, é importante frisar. A própria Spencer teve que se conter para não cantar vitória antes da hora porquê ela sabe muito bem que uma carta como aquela não prova absolutamente nada. Segundo a polícia, Bethany fugiu do Radley na noite em que Alison foi supostamente sequestrada. Na carta, Bethany escreve de uma maneira que dá a entender que ela está autorizada a sair do Radley. Isso se foi Bethany quem realmente escreveu a carta. A letra com que Bethany assina a carta é diferente da letra do resto da carta. A assinatura de Bethany é a mesma que está em seus desenhos. O fato da carta de Bethany não ter envelope também chama atenção. Apesar desses detalhes fazerem a situação ainda mais suspeita, temos possíveis justificativas. Talvez Bethany não sabia escrever direito - sua assinatura está mais para um garrancho. Por esse motivo, alguém pode ter escrito a carta para ela, que só assinou. Talvez a carta tinha envelope, mas foi colocada na caixa fora dele. Talvez por a sra. D. trabalhar no Radley, não era necessário usar envelope; ela se encarregava de fazer as vezes de correio. Detalhes justificados, precisamos de uma justificativa para o conteúdo da carta. Por Bethany mencionar o Dia do Trabalho, imaginamos que a carta foi escrita no mês de agosto/comecinho de setembro. O Dia do Trabalho, data em que Alison morreu, é comemorado na primeira segunda-feira de setembro nos EUA. Na gravação da sessão de terapia do dia 8 de agosto, Bethany se mostra irritada com a sra. D. A transcrição da sessão confirma que Bethany acha que mãe e filha não prestam, o que não condiz com a empolgação demonstrada na carta. Como a carta não tem data, Bethany pode ter escrito antes de descobrir o caso de seu pai com a sra. D., o que justifica sua irritação em relação a sra. D. na terapia. Justifica em partes porquê, pelo tom de voz de Bethany, aquela não parece ter sido a primeira vez que a sra. D. a irritou, assim como Bethany parecia ter uma opinião formada sobre mãe e filha há um tempo.
Diante dessas especulações, queremos saber: será que a carta era a possível prova que Mona queria que Hanna encontrasse para inocentar Spencer? Bethany e Alison realmente se conheciam, mesmo que fosse só por correspondência? A carta realmente foi escrita por Bethany? Alison sabia da existência de Bethany? O que Alison fez para Bethany concluir que nem ela nem a mãe prestavam? O que a sra. D. pretendia forjando uma amizade entre Alison e Bethany? Será que alguém que sabia que Bethany não gostava das DiLaurentis está tirando proveito da situação para incriminar Alison? Será que esse alguém fingiu ser -A na casa dos D. enquanto Hanna e Spencer estavam lá?
É tudo minha culpa
Alison foi avisada pela sra. D. que Mona tinha muita coisa para mostrar para ela. Mona avisou Alison que essas coisas não eram nada bonitas mas precisavam ser vistas. Uma dessas coisas foi a escabrosa cena em que Alison se viu presa dentro da igreja junto com a metade de seu cadáver em um caixão e a sra. D. de Mulher de Preto. A macabra visão de seu cadáver no caixão apavorou Alison, que implorou para Mona dizer quando aquilo ia acontecer. Mona se negou a responder, alegando que não faria diferença. Em seguida, Alison se depara com a mãe, vestida de MP. Histérica, Alison berra para a sra. D. afirmar que tudo aquilo era mentira. Ignorando o desespero da filha, a sra. D. se limita a dizer que tudo é sua culpa e que eles virão em breve. Sem entender nada, Alison grita por socorro enquanto esmurra a porta da igreja na tentativa de abri-la.
Nossa interpretação para a enigmática cena. 1 - A sra. D., vestida de Mulher de Preto, afirma que tudo é sua culpa, em tom de lamentação. A sra. D. é a MP? Não. A sra. D. é a responsável pela existência da MP. Se não fosse por algo que ela - sra. D. - fez, a MP não existiria e a vida de Alison não teria virado um inferno. A afirmação ser feita diante do caixão de Alison pode ser uma referência a morte forjada dela. 2 - A sra. D. é a responsável pela existência da MP. Por culpa de seus atos, Alison vai morrer de verdade.
Além de assumir a culpa por tudo, a sra. D. alerta Alison que eles virão em breve. A sra. D. assumiu ser a responsável por tudo porquê ela sabe de tudo, inclusive quem são eles. Na igreja, Alison estava desnorteada, sem entender as sentenças da mãe. O que chama atenção nessa situação é que a sra. D. não foi a primeira a falar sobre eles. No 4x15, Alison aparece no quarto de Emily durante a noite. Ao ver seu diário em cima da cama, Alison comenta com Emily que achou que estava sendo esperta registrando tudo no diário, lamentando que eles pegaram tudo. Alison e a sra. D. estariam falando das mesmas pessoas?
Me pergunto se a senhora D não seria a real culpada, e se "eles" não seriam os pacientes do Radley...
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