13 - (It) Girls Gone Wild
Era terça-feira à noite e Hanna estava na estação Penn do
trem de Nova York. Usando saltos altíssimos, mini saia de paetês e óculos
escuros, ela parou tudo ao descer do vagão. Hanna foi para NY para encontrar
com Hailey. Hanna subiu a escada rolante e saiu da estação, indo em direção ao
lugar em que Hailey pediu para ela esperar. Ao chegar na Seventh Avenue, por um
segundo, Hanna jurou ter visto um cartaz escrito Ali Cats Unite. Ela fechou os
olhos e, ao abri-los, não havia cartaz nenhum. Hanna voltou a si quando ouviu a
voz de Hailey a chamando. Hanna olhou para trás e viu Hailey em uma limusine
branca. Na noite anterior, Hanna recebeu uma mensagem de Hailey dizendo que
estava em NY e chamando Hanna para sair com ela no dia seguinte. Hailey falou
que elas poderiam ir na festa de estreia de Kill Or Be Killed, o filme mais
comentado do verão. Hanna estava tão extasiada com a situação que ela própria
não acreditava que aquilo estava acontecendo. Quando ela achou que um dia ela
estaria ao lado de Hailey Blake badalando em NY? Se bem que, desde que
começaram as gravações de Burn It Down, o telefone de Hanna não parava de
tocar. A imprensa de Rosewood queria porquê queria fazer uma matéria com ela. Inclusive,
o dono da Otter perguntou se Hanna gostaria de participar de um desfile. Hanna
modelo, arrasando na passarela.
Hanna não pensou duas vezes e aceitou o convite de Hailey.
Após a frustrada ida ao Turkey Hill, as meninas combinaram de se reunirem no
final de semana para falar sobre Alison, dando um descanso para elas naquela terça-feira,
dia em que todas elas tinham compromissos inadiáveis.
Hailey apresentou para Hanna o motorista da limo, Georgio,
que era modelo e, no seu tempo livre, dirigia limos. Hailey agradeceu Hanna por
ter aceito o convite, falando que não tinha certeza se ela iria. Hanna falou
que Hailey só poderia estar brincando ao falar aquilo; que ela nunca perdia a
oportunidade de ir para NY. Hailey, super animada, pegou uma garrafa de
champanhe, duas taças e fez um brinde, festejando ao dizer que elas tinham mais
é que comemorar. O celular de Hanna apitou. Era uma mensagem de Ashley,
perguntando se ela estava bem. Em seguida, chegou uma mensagem de Aria, falando
que estava nervosíssima na galeria, onde seus quadros estavam expostos. Hailey
olhou para Hanna enquanto ela respondia a mensagem de Aria e perguntou com quem
Hanna tanta falava. Hanna respondeu que Aria estava expondo seus quadros em uma
galeria. Hailey olhou para Hanna e falou que ela e Aria conversavam todos os
dias e que aquela noite era delas, deixando Hanna surpresa. Aquele comentário
significava que Hanna fazia parte da turma exclusiva de amigos de Hailey? Era
isso que Hailey quis dizer? Hanna falou que Hailey tinha razão, mandou um boa
sorte para Aria e guardou o telefone na bolsa. Hailey falou que estava precisando
se divertir um pouco, comentando que estava de saco cheio do filme. Hanna ficou
surpresa e perguntou o motivo de Hailey ter falado aquilo, se alguma coisa em
particular a incomodava.
Hailey falou que não aguentava mais Hank e seus assistentes,
que toda hora criticavam sua atuação. Hanna desviou o olhar para um edifício,
para não ter que encarar Hailey. Sua vontade era dizer que, talvez, Hank
estivesse certo; mas Hanna não tinha coragem de falar aquilo. Hailey disse que
seu sonho era que demitissem Hank e contratassem outro diretor e que ela sabia
que os dois não se dariam bem desde o começo. Porém, aquele era um papel que
ela não poderia recusar. Atuar em Burn It Down era uma grande oportunidade para
Hailey atuar com atores famosos e mostrar seu talento em um papel dramático.
A limo estacionou próxima a um clube, em que havia tapete
vermelho na calçada, pessoas fantasiadas e refletores. Hanna notou um enorme
cartaz anunciando que ali era a festa de Kill Or Be Killed, estranhando o fato
de uma festa exclusiva ser anunciada em um cartaz. Hailey mandou um beijo para
Georgio e as duas desceram da limo, andando em direção à porta do clube. Sven,
o hostess, abraçou Hailey e abriu a porta para as duas entrarem.
Assim que pisou no salão com Hailey, Hanna pode ouvir as
pessoas comentando sobre elas, perguntando quem era a menina que estava com
Hailey. Hanna apenas sorria. De mãos dadas com Hailey, elas atravessaram o
salão. Hanna estava deslumbrada com as pessoas que estavam ali. De todos os
lados, alguém chamava por Hailey. Uma pessoa mais linda que a outra. Hanna
reconheceu um modelo da Armani e uma angel da Victoria´s Secret, ambos amigos
de Hailey, que apresentava Hanna como sua melhor amiga. Hailey falou para Bibi
que mais tarde voltava para conversar com ela e, puxando Hanna pela mão, foi em
direção ao bar e pegou uma garrafa de champanhe. Hailey abriu a garrafa,
derramando champanhe no chão, deu um gole e passou a garrafa para Hanna que,
apesar de ter achado aquilo meio grosseiro, deu um gole.
Hailey entrou com Hanna em um espaço reservado, uma área
VIP, decorada com poltronas de veludo, uma réplica de um frasco de perfume,
chocolates e dvds do filme. Hailey perguntou para Hanna se aquilo estava bom
para ela. Hanna respondeu que parecia que ela tinha morrido e acordado no
paraíso. Hailey adorou a resposta de Hanna, falando que aquela era só a
primeira de várias badalações das duas juntas. Hanna estava nas nuvens. Para
cada canto que ela olhava, ela reconhecia uma pessoa famosa; e todas vinham
falar com Hailey, que não parava de beber champanhe. Hailey comentou que
precisa comer alguma coisa senão ia cair de bêbada. Ela pegou um prato com
comida e ofereceu para Hanna ao mesmo tempo em que os atores que interpretavam
Mike e Noel chegaram na festa. Hailey perguntou se Hanna se importava com a
presença deles, mas ela disse que não. Assim que os viu, Hanna pensou que
Hailey quis promover um encontro duplo; pensamento que Hanna logo descartou.
Eles eram seus colegas de trabalho, não havia nada de mais em interagir com
eles.
Após se cumprimentarem, Hanna, que estava meio bêbada,
começou a conversar com Jared, que interpretava Mike. Jared falou sobra o que
estava fazendo em NY e que várias repórteres perguntaram para ele quem ele
achava que interpretaria melhor Hanna: uma atriz ou a própria Hanna, que cada
vez mais se aproximava de Jared. Como o lugar estava escuro, iluminado apenas
por luzes vermelhas, o clima foi esquentando entre os dois até que Hanna, sem
pensar, beijou Jared. Três segundos se passaram para Hanna perceber o que
estava fazendo. Ela tinha namorado. Antes de se afastar de Jared, um flash foi
disparado. Hailey gritou mais uma vez que eles tinham que comemorar, Jared se
afastou de Hanna que, para fingir que estava tudo normal, começou a dançar.
Apesar de saber que o que tinha acabado de fazer era errado, Hanna se
tranquilizou sentenciando que Mike nunca saberia daquilo e que ninguém que ele
conhecia estava ali. O melhor que ela tinha a fazer era aproveitar a noite. E
foi exatamente o que ela fez.
14 - Opening Night
Na parte oeste de NY, em uma galeria em Chelsea, Aria estava
no banheiro, se olhando no espelho. Ela ajeitou o cabelo e o vestido preto que
comprou exclusivamente para a exposição. Antes de sair do banheiro, Aria parou
para pensar no que estava acontecendo. Todos os quadros que estavam expostos na
galeria eram dela. Pinturas abstratas, reprodução de cenas do cotidiano de
Rosewood e os quadros mais dark, que ela pintou depois da confusão com Nick.
Alguns quadros estavam com a placa de vendido. Aria não fazia ideia de como
calcular o valor de um quadro seu, mas Ella se encarregou dessa parte e estabeleceu
que um dos quadros valia duzentos mil dólares. Tudo era tão surreal. O nome de
Aria bombava no Twitter, seu telefone não parava de tocar com as mais diversas
propostas.
Aria voltou para o salão e encontrou com Sasha, a diretora
da galeria, que perguntou o que Aria estava achando da exposição. Aria disse
que não poderia ser melhor. Sasha fez mil elogios a Aria, que perguntou se John
C. estava lá, que ela ouviu dizer que ele estaria. Sasha respondeu que John não
estava na exposição e era meio improvável que ele fosse, porquê deveria estar
viajando. Byron e Meredith também estavam na exposição.
Sasha falou para Aria que um blogueiro queria muito
conversar com ela. Aria perguntou se era Harrison e Sasha respondeu que não,
que era uma mulher do ArtSmash. Aria ficou pasma. ArtSmash era o blog mais
importante de arte daquela região. Sasha apontou para uma mulher que estava
perto do bar e a chamou. Era Esmeralda Rhea, do ArtSmash. Esmeralda
cumprimentou Aria e disse que gostaria de fazer uma matéria exclusiva com ela.
Aria disse que adoraria, mas não podia fazer porquê ela combinou com Harrison
que ele seria o primeiro a postar uma matéria sobre ela após a exposição. Quando
esteve com Aria na galeria, Harrison pediu para que seu blog fosse o primeiro a
publicar uma matéria sobre ela após a exposição. Esmeralda falou que o blog de
Harrison era cool, mas que o dela daria mais credibilidade para Aria, que não
sabia o que dizer. Esmeralda falou para Aria ignorar a promessa que fez para
Harrison e dar uma exclusiva para ela, acrescentando que se entenderia com
Harrison. Aria não concordou e disse que preferia ser notícia no blog de Harrison,
que naquele instante, entrou na galeria.
Harrison se aproximou de Aria e ficou sem graça ao ver
Esmeralda, que o tratou com desdém. Pelo climão que ficou, Aria percebeu que os
dois se conheciam. Esnobe, Esmeralda disse que o azar era de Aria em escolher
Harrison e que seus quadros não passavam de desenhos de alunos do sênior year.
Harrison agradeceu a atitude de Aria, que o agradeceu por estar ali. Harrison falou
que não perderia a exposição por nada. Enquanto conversavam, Aria e Harrison se
aproximavam cada vez mais um do outro. Mil coisas passavam pela cabeça de Aria,
que despertou quando seu celular tocou. Ela pegou o telefone na bolsa e viu o
nome de Fuji na tela. Aria pediu licença para Harrison, explicando que
precisava atender aquela ligação.
Fuji pediu desculpas para Aria por estar ligando tão tarde,
mas ela precisava conversar com elas. Spencer e Emily também estavam na linha.
Fuji disse que tentou localizar Hanna mas não conseguiu. Fuji disse que tinha
novidades. Aria perguntou se ela já tinha o resultado do DNA. Fuji respondeu
que sim, lamentando que o resultado não foi o esperado. O cabelo era de
Spencer, que ficou indignada, perguntando se o moletom foi examinado. Fuji
respondeu que sim, mas que os peritos não encontraram nada, e que não foi
possível assistir as imagens do circuito de vigilância da piscina porquê as câmeras
ficam desligadas durante o verão e que não era permitido o uso da piscina nessa
época. Inclusive, Emily poderia tomar uma advertência por ter usado a piscina.
Fuji lamentou mais uma vez não ter notícias boas, dizendo que sua equipe
continuaria investigando mas que, quanto a pessoa que agrediu Emily ser Alison,
era simplesmente impossível. Ela pediu para as meninas avisarem Hanna e
desligou o telefone. As três ficaram mudas. Pela enésima vez, elas voltaram
para a estava zero.
15 - Standing Clear Of The Closing Doors
Em uma das salas do Time-Life Building, em NY, Samatha
Eggers anunciava quinze minutos de intervalo. Spencer olhou para as pessoas que
estavam na sala para a gravação da campanha anti-bullying. Havia menos pessoas
do que ela imaginava. Spencer queria conversar com elas, mas naquele momento
ela só conseguia pensar em Fuji. Por qual motivo Fuji sempre dava um jeito de deixa-las
arrasadas? O que ela iam fazer agora? Spencer voltou à realidade ao ouvir a voz
de Samantha, dessa vez anunciando que eles mudariam de sala. No corredor,
alguém pôs a mão no ombro de Spencer, perguntando se ela era Spencer Hastings.
Spencer se virou e deu de cara um rapaz alto, atlético e com uma tatuagem de
águia em uma das mãos. Spencer confirmou que ela era ela e o rapaz se apresentou.
Era Greg Messner, que perguntou se Spencer lembrava dele. Claro que ela
lembrava; Greg era a pessoa que mais elogiava seu blog. Spencer perguntou o que
Greg estava fazendo ali e ele disse que viu no blog que Spencer estaria no
evento. Greg disse que ligou para os organizadores perguntando se poderia
acompanhar as gravações como público e permitiram. Greg explicou que estava ali
para apoiar Spencer.
A conversa entre eles foi interrompida quando Samatha
começou a bater palma, anunciando que a próxima etapa seria a gravação dos
depoimentos. Ela explicou como seria a entrevista e todos ficaram em silêncio
quando a gravação começou. A gravação seria feita da seguinte maneira: cada
pessoa deveria contar sua história pessoal e responder algumas perguntas feitas
por Jaime, o entrevistador. Greg ficou sentado em uma cadeira, sem tirar os
olhos de Spencer, que também não conseguia parar de olhar para ele. Quando
chegou a hora de Spencer dar seu depoimento, Greg olhou para ela com um sorriso
encorajador. O câmera fez sinal para Spencer começar a falar e ela comentou sua
experiência com Ali e o motivo de ter criado um blog. Jaime perguntou para
Spencer sua opinião sobre a importância das redes sociais em relação ao
bullying. Após Spencer dar sua opinião, todos ficaram escandalizados quando um
menino se levantou na plateia e disse que aquilo tudo não passava de baboseira.
Spencer olhou para o menino e logo o reconheceu. Era Dominick. O que ele estava
fazendo ali? Samantha pediu para Dominick se retirar, mas ele se negou,
afirmando que algumas pessoas que sofriam bullying faziam por merecer. Samantha
e Dominick continuaram batendo boca até que um segurança pegou Dominck pelo
braço e o colocou para fora do estúdio. Antes de sair do estúdio, Dominick
olhou para Spencer e falou “espero que você esteja feliz, bela mentirosa".
Spencer gelou. O que estava acontecendo? Por que aquele menino tinha tanta
raiva dela? Samantha pediu desculpas pela baixaria e pediu que a gravação
continuasse.
Meia hora depois, Jaime finalizou as entrevistas e Samantha
elogiou os participantes, levantando as mãos e batendo palmas para anunciar a
festa em comemoração as gravações. Spencer sempre quis participar de uma festa
como aquela, mas ela não queria correr o risco de dar de cara com Dominick
outra vez. Greg se aproximou e sugeriu que eles fossem para outro lugar mais
reservado, um café no Village. Spencer concordou na mesma hora.
Spencer e Greg foram para a estação de trem, que estava
praticamente vazia. Spencer queria puxar papo como Greg, mas não sabia o que
falar. Ela não conseguia tirar Dominick da cabeça, muito menos entender o
motivo dele odiá-la tanto. Greg quebrou o silêncio e perguntou se Spencer
conhecia Dominick, se ele era algum ex namorado ou qualquer coisa assim.
Spencer disse que não, explicando que ela o conhecia do blog. Enquanto
esperavam pelo trem, Spencer olhou para Greg e perguntou como ele conhecia o
café do Village se ele morava em Delaware. Greg respondeu que seus pais se
separaram quando ele tinha sete anos e que seu pai mudou para NY com sua nova
mulher, Cindy. Greg falou que ia com frequência para NY, mas que depois de um
tempo parou de ir. Spencer perguntou o motivo e ele revelou que Cindy praticava
bullying com ele, torturando-o psicologicamente. Spencer ficou horrorizada com
o relato de Greg e perguntou se ele contou para seu pai. Greg respondeu que
nunca falou do assunto com ninguém e que, para dar fim no problema, ele disse
no tribunal que não queria mais visitar o pai.
No vagão do trem, Spencer pegou na mão de Greg e disse que
estava feliz por ele ter contado sobre Cindy para ela. Por um momento, Spencer
quis beijá-lo, mas ela preferiu não fazer nada. Na estação havia dois trilhos
de trem, que iam para direções opostas. Quando o primeiro trem parou – que não
era o que Spencer ia pegar - Spencer viu um flash de cabelo loiro dentro dele. Spencer
fixou os olhos no vagão para ter certeza do que estava vendo. Era Alison;
esquelética, desdentada e com um olhar psicótico, exatamente da maneira como
Emily havia descrito. Alison olhava para Spencer com um sorriso debochado, como
se dissesse foda-se Spencer. Eu posso fazer tudo o que quero. Spencer gritou o
nome dela e Greg não entendeu nada. Spencer berrava que precisava entrar
naquele vagão, mas era impossível. Os trilhos do trem que ela estava esperando
a impediam. Histérica, Spencer procurava uma maneira de chegar até o outro lado
da plataforma. Ela gritava para Greg que Alison estava no vagão, esperando que
ele soubesse do que ela estava falando. Mas de nada adiantou o desespero de
Spencer. O trem que ela estava esperando chegou. Empurrada pelos outros
passageiros, ela entrou no vagão e encarou Alison pelo vidro, que deu um
tchauzinho com a mão assim que seu vagão fechou as portas.
16 - Paradise Lost
Fazia anos que Emily não acordava com um sorriso no rosto.
Jordan não saia da sua cabeça. Emily só conseguia pensar na vida que elas
teriam após Jordan ser solta; a vida perfeita que Emily sempre sonhou. Nem as
desanimadoras notícias de Fuji e a presença de Ali no trem em NY foram capazes
de tirar Jordan dos pensamentos de Emily. Ela precisava marcar outra visita e
decidiu que levaria um presente para Jordan.
Emily desceu até a cozinha, onde estavam o sr. e a sra.
Fields, preparando o café da manhã. Emily disse que não estava como fome e a
sra. Fields perguntou se ela já havia decidido a roupa para o evento de
caridade. Emily respondeu que sim. Em seguida, a sra. Fields perguntou se Emily
levaria alguém. Emily queria contar sobre Jordan para sua mãe, mas preferiu
ficar de boca fechada. A sra. Fields estava se recuperando de um infarto. Saber
que sua filha estava apaixonada por uma criminosa não seria muito útil em sua
recuperação. O sr. Fields perguntou se Emily estava bem, apontando para as
marcas das unhas de Ali em seu pescoço. Emily disse que não era nada demais.
Sem entender a animação de Emily, o sr. Fields perguntou mais uma vez se estava
tudo bem. Emily disse que estava feliz por que era quarta-feira. De repente, o
olhar do sr. Fields se voltou para a televisão. Um repórter anunciava novidades
sobre Nick, informando que seus advogados alegariam que ele cometeu os crimes
porque tem problemas mentais. Nicholas passou a vida internado em clínicas psiquiátricas,
disse o repórter. O sr. Fields perguntou se Emily queria desligar a tv, mas ela
respondeu que não, que queria ver o resto.
A imagem mudou para uma mansão em New Jersey. Emily
reconheceu a casa na mesma hora. Era a casa que ela levou Iris, que chamava
Nick de Tripp. O repórter informou que a polícia encontrou um celular no quarto
de Nick, com fotos dele com Alison, que eram a única evidência que mostrava que
os dois mantinham contato. Em seguida, o repórter falou que, desde que Nick foi
preso, as pessoas estavam vandalizando as propriedades da família Maxwell. O
repórter finalizou a matéria e as imagens mudaram para outra notícia. Foi aí
que Emily se deu conta de algo que elas não haviam percebido. A família de Nick
era muito rica e dona de várias propriedades, incluindo um condomínio; o
condomínio em que Alison aparecia entrando em uma casa nas gravações que Chase
mostrou para Spencer. Tudo aquilo era tão óbvio. Claro que Ali deveria estar
escondida em uma das casas dos Maxwell. Emily subiu as escadas em direção ao
seu quarto correndo. Ela trancou a porta e ligou o computador.
Fazia um tempinho, Spencer mostrou para Emily um site que
mostrava todas as transações imobiliárias feitas na região de Rosewood,
exibindo o nome dos proprietários. Emily digitou Maxwell e uma lista de
propriedades apareceram, entre elas uma casa em Ashland, que estava à venda.
Ashland, a cidade do mini-mercado em que a caixa falou que todas as garotas
loiras que compravam água eram iguais. Emily clicou no link, com a esperança de
ver os detalhes sobre a casa, como endereço ou qualquer coisa assim. Mas não
havia informações. Independente disso, elas precisavam descobrir qual casa que
era. Emily ligou para as meninas, mas nenhuma delas atendeu. Ela precisava
conversar com alguém sobre aquilo, naquele momento. Emily pensou em Jordan; ela
deveria saber um jeito ou dar algum conselho útil. Mas como Emily falaria com
ela? Emily nem sabia se presidiários podiam receber ligações. Irriquieta, Emily
andava de um lado para o outro na tentativa de descobrir uma maneira de entrar
em contato com Jordan. O advogado dela. Charlie Klose. Emily procurou sobre ele
na internet, achou o número do telefone do seu escritório e ligou na mesma
hora.
A atendente passou a ligação para Charlie. Emily se
apresentou e Charlie disse que a conhecia de nome, que Jordan falava muito
dela. Emily disse que estava ligando porque precisava de um favor; ela queria
saber se havia alguma maneira de Charlie coloca-la em contato com Jordan. Charlie
fez uma pausa antes de continuar. Sem jeito, ele disse que não sabia como dizer
o que precisava dizer para Emily, mas que havia acontecido uma confusão na
prisão e Jordan se foi.
Surpresa, Emily perguntou se Jordan havia fugido. Charlie
disse que não, que não era nesse sentido que Jordan se foi, que ele não sabia
detalhes mas que na noite anterior aconteceu uma confusão e Jordan foi
assassinada. Emily sentiu seu corpo amolecer. Incrédula, ela perguntou o que
Charlie queria dizer com aquilo. Tão nervoso quanto Emily, Charlie disparou a
falar, explicando que, na noite anterior, Jordan se desentendeu com outra
presa, chamada Robin Cook. As duas brigaram e Robin matou Jordan; inclusive,
seus pais já haviam reconhecido o corpo. Emily não conseguia acreditar no que
ouvia. Por que alguém mataria Jordan? Antes de desligar, Charlie disse que
Robin estava foragida.
Desorientada, Emily abriu o guarda roupa e começou a jogar as roupas no chão. Ela se trancou dentro dele, em um escuro total. O guarda
roupa parecia um caixão. Ela queria sentir como Jordan estava naquele momento.
Trêmula, ela abraçava seus joelhos e mal tinha forças para respirar. Então, ela
lembrou da mensagem de Spencer, sobre ter visto Ali em NY. Jordan foi
assassinada na noite passada. Alison estava em NY. O coração de Emily disparou.
Aquelas coincidências não eram à toa.
17 - The Lair
Hanna dirigia em alta velocidade pela estrada que levava à
Ashland. Ela estava de ressaca por causa da noite passada e havia dormido
apenas quatro horas. Mil coisas passavam por sua cabeça, mas o que mais a preocupava
era a mensagem de Emily, falando que Alison matou Jordan. Emily pediu para as
meninas a encontrarem no estacionamento do mercado em Ashland. Quando chegou no
estacionamento, Hanna recebeu uma mensagem de Hailey, com várias fotos da noite
passada. Entre elas, estavam a de Hanna beijando Jared. Hanna pediu para Hailey
deletar aquelas fotos. Hailey respondeu que ela podia ficar tranquila, que seu
segredo estava seguro com ela. Hanna chegou ao mesmo tempo que Aria e Spencer.
Emily esperava por elas dentro do seu carro.
Quando as quatro estavam no carro de Emily, ela contou sobre
a conversa que teve com o advogado de Jordan e a notícia de que a família de
Nick era dona de várias propriedades na região, incluindo uma casa em Ashland
que estava à venda. Emily falou para as meninas que Alison deu um jeito de se
enfiar no presídio e matar Jordan. Emily chegou a essa conclusão por causa do
que aconteceu na piscina. Alison pediu para Emily dizer que ainda a amava;
frase que Emily se recusou a pronunciar. Por esse motivo, Ali não fez nada com
ela. Qual seria a graça de Alison matar Emily? Seria mais divertido vê-la
sofrer. Alison sabia que Emily estava apaixonada por Jordan e, sabe-se lá de
que jeito, conseguiu entrar na prisão e matá-la. A explicação de Emily para a
morte de Jordan soava um tanto quanto descabida para as meninas; afinal, não
era tão simples entrar e sair de uma penitenciária. Emily falou que, talvez, um
dos Alis Cats poderia ter assassinado Jordan.
Emily falou que, se fosse necessário, ela iria até o inferno
para encontrar Alison e sentenciou que ia revirar Ashland até encontrar a casa
dos Maxwell. Emily fez uma pesquisa na internet e achou uma casa que poderia
ser a dos Maxwell. Apesar das meninas não concordarem com as ideias de Emily,
elas se propuseram a ir até a casa.
Após errarem várias vezes o caminho, elas chegaram até a
casa, que era uma mansão. Para Hanna, Aria e Spencer era tão óbvio que Alison
não estaria em uma casa que estava à venda, em que pessoas entravam e saiam
toda hora. Para elas, o acesso a Alison estava fácil demais. Não era nada a
cara de Alison aparecer apenas para fazer hora com a cara delas; além de que, àquela
altura, ela já sabia que elas estavam com o recibo do mini mercado em Ashland.
Aria olhou a casa e disse que não havia ninguém lá. Elas
olharam pela janela e não viram nada, além de cômodos vazios. Emily falou que
ia abrir a porta, mas as meninas não deixaram. Claro que aquela mansão tinha
alarme. Mas nada sossegava Emily, que foi até os fundos da casa e encontrou uma
passagem que dava acesso a piscina. Sem pensar, Emily entrou na casa e as
meninas foram atrás. Tudo estava abandonado, o quintal cheio de folhas e lixo
espalhado pelo chão. Hanna, Aria e Spencer tentavam de todas as maneiras fazer
com que Emily desistisse de procurar por sinais de Ali na casa, mas de nada
adiantava o apelo que elas faziam. Emily olhava em todos os cantos do quintal,
procurando por qualquer sinal de Alison. Ao olhar para uma parte do quintal,
Aria viu um teto e mostrou para as meninas. O telhado do lugar estava coberto
de folhas e galhos quebrados. Aria perguntou o que era aquela casinha e Spencer
disse que deveria ser a casa da piscina. Emily foi em direção à casinha e abriu
a porta. Algumas janelas estavam quebradas e o lugar completamente abandonado.
Ao ver uma embalagem de pretzel jogada no chão, Emily disse que aquele era o
esconderijo de Alison. Emily lembrou que quando elas conheceram Courtney na
casa dos D., ela estava comendo pretzel. Para Emily, a embalagem era o
suficiente para confirmar que Alison se escondia ali. Emily decretou que só
sairia dali quando Alison aparecesse.
As meninas não sabiam mais o que fazer para conter a fúria
de Emily. Claro que Alison não apareceria. Aria falou que elas precisavam
descobrir um jeito de vigiar o local sem correr perigo. Foi aí que Emily sugeriu
que elas instalassem câmeras no lugar. Spencer olhou para Aria e Hanna. As três
acharam a ideia um absurdo, mas elas sabiam que Emily faria o serviço sozinha
se elas não concordassem em ajuda-la. Spencer falou de uma loja que vendia
câmeras e que elas se revezariam para assistir as gravações e, quando
conseguissem provas, elas iriam até a polícia. Hanna concordou; filmar Alison
parecia ser a única maneira de provar que ela estava viva.
18 - The Sting Operation
Enquanto Spencer e Emily decidiam quais seriam os melhores
lugares para instalarem as câmeras, Aria e Hanna conversavam longe delas. Aria
e Hanna, ao mesmo tempo que achavam que Ali não usava a casa, achavam que ela
usava, por causa do cheiro de baunilha que sentiram. Apesar das dúvidas, elas
estavam mais preocupadas com Emily. Aria e Hanna temiam que Emily fizesse
alguma besteira. Há três semanas, ela quase se jogou da ponte. Mas dessa vez, a
situação parecia pior. Emily estava se comportando como louca, totalmente
desiquilibrada. A conversa foi interrompida quando Spencer e Emily apareceram.
As quatro entraram no carro de Emily para ir até a loja
comprar as câmeras. Ao ver uma mulher andando na calçada, próxima da caixa de
correio da casa dos Maxwell, Emily freou bruscamente o carro, tirou o cinto,
abriu a porta e foi atrás da mulher. Emily perguntou se a mulher morava por ali
e se ela tinha visto uma menina loira entrando na casa. A mulher disse que
lembrava de uma loira andando por ali. Perturbada, Emily deixou a mulher
assustada com a maneira que falava. Foi preciso que as meninas se desculpassem
com a mulher e levassem Emily de volta para o carro. Emily insistia que a
mulher deveria saber de alguma coisa. Spencer tentou acalmar Emily, falando que
não era avançando nas pessoas que ela ia descobrir alguma coisa. Em seguida,
Spencer assumiu a direção do carro e Emily foi para o banco do carona.
Trinta minutos depois elas chegaram na loja que vendia as
câmeras. Spencer falou que quatro câmeras seriam o suficiente, explicando como
funcionaria a transmissão das imagens. Aria achou ótima a maneira como as câmeras
funcionavam. Ela estava pronta para fazer uma sugestão quando uma imagem
familiar chamou sua atenção. Aria ficou muda. Era Noel, acompanhado de uma
loira. Noel cumprimentou Aria e as meninas, apresentando a loira para elas, que
se chamava Scarlett. Imediatamente, Spencer puxou Aria pelo braço para que elas
saíssem dali o mais rápido possível. Aria seguiu Spencer mas, antes de sair da
loja, olhou para trás para falar tchau para Noel, que a ignorou. Inconformada,
Aria olhou novamente para trás. Noel e Scarlett estavam cochichando e rindo.
Aria tinha certeza que eles estavam rindo dela. Enfurecida, Aria sentenciou que
aquilo não tinha importância e Noel poderia namorar quem ele quisesse. Nem que
fosse uma menina loira idiota que, de maneira perturbadora, parecia com Ali.
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